Ela é assim o tamanho que não consigo alcançar, não assim pela altura, mas pelas fugas que faz com suas escusas de não encontrá-la. E também é a menina - e desta vez sem este lindo rosto - que joga futebol de sabão por cima de um chão molhado. Escorregadia, tímida, com um olhar, se é que posso acusá-lo, sempre atento.
Ah, como ela me diverte e me faz bem. Tem poucas cousas no mundo que têm me feito bem nos últimos tempos, uma delas é você. Me faz sorrir, e me faz sorrir pensando que podemos viver despreocupadamente com o relação ao futuro. O futuro só importa a ele mesmo. Há poesia no nunca encontrar-se também.
Julgo ser mais importante essa potência de "se nos encontrarmos" do que, eventualmente, nos encontrarmos. Por que, se um dia nos encontrarmos, o que poderia acontecer além de nossas bochechas rosadas? Quereríamos fugir para bem longe um do outro, envergonhados.
Posso dizer que é tranqüilo lhe admirar quase todos os dias, solitariamente.
publicado como depoimento de Orkut para M anuela
em 11 de Setembro de 2007
