quarta-feira, 7 de maio de 2008

Carta a uma camponesa na flôr da idade


Eu não a conheço, ou pouco a conheço. A disposição que sinto de ir ao encontro desta alma, de compreende-la e abri-la ao rajar sonoro do vento, é-me fundamental. Sei que carrega a simpatia camponesa nos traços do rosto e a simplicidade transparente de uma manhã de sábado. Sei que é preciso pouca habilidade para chateá-la e muita disposição para reabri-la va-ga-ro-sa-men-te, e mais uma vez te por para fora desta névoa. Dois dias, Juliana, duas janelas: eis o tempo que nos conhecemos. É preciso abrir-se para o mundo, em breve começa uma nova vida. O Sol está a bater à porta, depois de passado quatro anos, pelo menos 10% da tua paciência se encerrará. Por isso, abra-te, minha amiga, não para causar o impacto máximo, mas o desgaste mínimo contra a força desta correnteza. Sê um todo com o mundo e serão únicos, o Mundo e tu.

postado como depoimento para ju diógenes
em 7 de maio de 2008